Chegou ao fim em Roma a “Era Pallotta”. Após oito anos com o clube sob sua gestão e nenhum título conquistado, a equipe agora seguirá sob o comando do também americano, Dan Friedkin.

O anúncio feito neste dia 17 de agosto tem mais de um significado para os romanistas.
Além de marcar o início de um novo período de gestão no clube italiano, a data também é marcada pelo aniversário de morte de Franco Sensi, último “manda-chuva” que conseguiu levar a Roma à conquista de títulos.
O período da administração de Pallotta foi marcado pela reorganização econômica do clube, equilíbrio das finanças, mas também pelo fracasso esportivo.

De 2012 pra cá, a Roma terminou três vezes com o vice-campeonato da Serie A e um vice da Coppa Italia.
No âmbito internacional, o clube chamou atenção na temporada 2017/2018, quando alcançou uma inesperada semi-final da UEFA Champions League, tendo seu sonho interrompido pelo Liverpool.
No entanto, justamente após a temporada onde a euforia tomou conta dos torcedores, sua gestão tratou de negociar os principais nomes daquela memorável campanha, fazendo o time cair novamente no meio dos coadjuvantes do futebol europeu.
Boa parte desses “grandes” negócios pode ser creditado ao Mago Monchi, diretor esportivo que teve uma enorme contribuição para a queda de qualidade do elenco romanista.
Os jogadores que chegaram ao clube em sua administração tiveram os mais variados resultados. Porém, boa parte dos nomes acabaram não vingando da forma esperada em Trigoria.
Alguns atletas chegaram como apostas altas, cuja decepção se mostrou igualmente elevada.
Além disso, a gestão de Pallotta também viu fracassar seu principal projeto: O estádio do clube.
Por anos, a burocracia e jogo de interesses da política romana impediu a concretização desse objetivo, o que pode ter pesado, e muito para sua decisão de vender a Roma.
Agora, com um novo proprietário, o clube “giallorosso” se prepara para o início de uma nova temporada.
Num primeiro instante é improvável a chegada de grandes nomes e investimentos pesados no elenco, afinal, na próxima temporada sequer para a Champions League a equipe irá.
Dessa forma, Friedkin deverá analisar todos os aspectos do clube, passando por uma análise de todo o elenco, podendo até negociar alguns atletas a fim de aliviar as contas.
Do atual time, poucos nomes são unanimidade. Com exceção de três ou quatro nomes, o restante do elenco não é intocável.

Ficam os votos para que Dan Friedkin consiga reunir em sua gestão: as conquistas que foram alcançadas com Franco Sensi e a forma de gestão tão elogiada de James Pallotta.
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O mundo do futebol é muito mais complexo do que eu imaginava. Muitas pessoas reclamam dos altos salários que os jogadores recebem e das “mordomias” relacionadas à festas e mulheres. Porém quanto mais alto o salário, maior deve ser a cobrança e a pressão por gols, números, campeonatos, etc, o que exige um autocontrole e sacrifícios que no futuro comprometerão a saúde física e a convivência em família.
O teu post não aborda especificamente o que tratei no parágrafo anterior, mas demonstra para o público leitor que a responsabilidade dos que assumem o risco de tornarem-se proprietários de grandes times vai muito além de um mero negócio: é preciso lidar com a imprensa, jogadores, técnicos, e principalmente, a torcida.
Tomara que Dan Friedkin consiga fazer com que os polegares da torcida romana voltem-se para cima. Do contrário, será atirado aos leões no Coliseum do ostracismo.
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