Recentemente dei início à coleção de figurinhas do álbum da Copa, hábito que tenho desde o Mundial de 1998.
Folheando as páginas dessa edição, percebi, mais uma vez, a falta que a seleção holandesa fará na Rússia.
É um país que alterna campanhas heroicas e derrotas doídas com vergonhosos desempenhos e decepções, o autêntico “8 ou 80”.
Quando se tem a Laranja Mecânica na disputa do Mundial, você pode ter a certeza que poderá acompanhar a grandes partidas, com uma seleção que provavelmente avançará até as fases finais da disputa jogando um futebol que enche os olhos.
Porém, durante as eliminatórias, tanto para a Copa como para a Euro, a seleção dos Países Baixos é imprevisível.
Isso pode ser facilmente constatado nas últimas duas disputas.
Após ter sido terceira colocada no Mundial de 2014, e vice campeã em 2010, tendo disputado as últimas 3 edições do torneio, os holandeses tiveram a capacidade de ficar de fora da disputa da Euro de 2016, sendo que naquela edição, 24 países se classificariam para o torneio.
Voltariam a decepcionar durante as eliminatórias para o Mundial da Rússia, onde não conseguiram sequer uma vaga na repescagem.
Uma pena uma seleção que, por 3 ocasiões chegou até a final de um Mundial, ficar à espera de uma nova geração de bons jogadores que a conduzam novamente a um futebol de alto nível.
O Mundial perde um pouco do seu brilho com a ausência dos criadores do “Futebol Total”, também conhecido como Carrossel Holandês, que tanto encantou aos fãs do bom futebol, e que por tão pouco não venceu o Mundial em 1974.
A Holanda, por tudo o que já protagonizou no futebol mundial, está há tempos credenciada para ser a próxima seleção campeã inédita de uma Copa. Contudo, isso somente poderá ser concretizado quando essa inconstância tiver fim e, de uma vez por todas ratificar sua importância e grandeza no futebol.